- Coisas da Fé
- Um Dedo de Prosa
- O Dia de Deus-Conosco
Eduardo Valente
Não dá prá disfarçar... Nesta época do ano tudo conspira. Na TV, nos outdoors, nas lojas, nas ruas, nos lares, aquelas luzinhas, as cores tão características, trazem a obviedade à tona: é Natal !
Você pode até não gostar, mas não tem como negar: o Natal está aí, quer você queira ou não. Se você quiser, melhor! Compre seu presente, enfeite sua casa e sua vida que a magia do Natal vem com tudo. Deseje feliz natal aos amigos, deixe umas inimizades de lado e deseje feliz natal para eles também. Esta é a época mais propícia para o perdão...
No grande dia, não tem jeito: seja você cristão, judeu, muçulmano, espírita, umbandista e até ateu. Nos vinte e cincos de dezembro é sempre gostoso demais estar junto com as pessoas que você gosta.
Talvez você seja do tipo que não gosta e pronto. Por desamores e desilusões, por desesperos e afobações, a mensagem de vida não te faz bem, remexe o estômago e traz mais tristeza. Ao ver toda aquela alegria (genuína, pode ter certeza...), dá aquela sensação de vazio, de falta.
Ou talvez você ache bom o Natal, mas prá você natal é papai noel e bebedeira, é presente e ilusão. Prá você e pro nosso outro amigo triste do parágrafo anterior é bom aprender a velha história do natal, a única e verdadeira, do Deus que virou gente e habitou entre nós. Do jovem casal que não achava lugar prá ter seu filhinho querido, o Deus Prometido. Do menino humilde, nascido no pior dos lugares que a gente podia dar, mas que por uma noite mágica transformou-se no mais belo lugar do mundo, com direito a visita de reis e ao mais belo coro de anjos que o mundo já viu. Da noite da confirmação da promessa de um Deus bondoso que prometeu que não nos deixaria desamparados. Do início de um sonho que não teria mais fim, assim foi o dia de Deus Conosco.
Algumas coisas aconteceram depois desta noite mágica. Houve uma noite trágica em pleno dia onde Deus Conosco foi morto por nós, e houve, no terceiro dia depois desta noite triste, o dia mais belo que já existiu: o dia da vitória deste Deus sobre a morte.
Hoje, as luzinhas e a alegria, a evocação de uma magia que a gente parece não merecer, traz uma mensagem para o coração de cada um. De que a promessa que um dia Deus fez prá gente, ele cumpriu.
Não adianta disfarçar, repito. Não adianta achar que este presente tão maravilhoso não é para você. Não adianta fingir que este Jesus que bate na sua porta é só fruto da sua imaginação e conversa prá boi dormir. Vai lá e abre a porta, que o aniversariante tá batendo e pedindo pousada na sua casa. Tudo bem que ele não vai querer o quartinho dos fundos, mas o melhor lugar que você tiver. Mas pode ter certeza, nunca sua casa esteve em melhores mãos.
Vamos fazer uma coisa? Na manhã de natal, depois da festa com o aniversariante presente, acorde num pulo e olhe para aquela árvore bonita que você tem no coração, aquela que você reserva para as pessoas especiais, com os enfeites que só a imaginação pode criar. Está vendo aquele presentão, gigantesco? Dê uma olhada no nome: é o seu, né? Vamos! Não perca tempo, abra!
Antes de usar o presente, leia a cartinha, que se for igual à minha, está escrito assim: “Obrigado por me aceitar na sua vida. Este presente é a minha Vida, que dou prá você. Do seu amigo que te ama demais, Jesus.”
Abriu? Agora vá curtir seu presente por todos os natais e nos outros dias também.
Mas antes... que tal agradecer o presente?