Errei! Êba!!

 Eduardo Valente

Errei redondamente. Obtusamente. Pateticamente. Que bom!

Está chegando a data que mostrará que ano passado não foi o Grande Último Natal e isto é muito bom...

Natal é uma data engraçada e esquisita: nossa incompleta compreensão de Deus Conosco.

Porque Jesus ganhou presentes dos reis magos, achamos que Natal é mais do nada isto, e saimos a comprar e comprar como se, sem presentes, duvidaríamos que é Natal.

Por ser um tempo tradicionalmente de felicidade e boas novas, se não estamos tão dispostos a participar desta felicidade, pela "profusão de coisas acontecidas" ( adoro este termo... ), o Natal parece que não há.

Vou falar este ano não do Grande Último, mas do Grande Primeiro.

Imagine a situação: um casal pobre tem que realizar uma viagem por determinação do governo ( não o do país, mas dos invasores ), a mulher está grávida de outro que não o marido, chegam atrasados na cidade e não há mais hospedagem. Acabam dormindo em uma gruta que servia de estábulo, com aquele cheirinho delicioso, sem banheiro e muito menos privacidade. Prá completar, a mulher entra em trabalho de parto...

Uma situação destas estragaria o Natal de qualquer um, não? Pois foi assim o Grande Primeiro Natal.

Mas sabe do que a gente lembra? Dos anjos, dos pastores, do presépio com a manjedoura, dos reis magos, da estrela, ou seja, das coisas boas. O que aconteceu no último natal de bom com você? E de ruim? Se fizer uma lista, vai ver que as coisas boas são mais lembradas e as ruins, só se forem muito, mas muito ruins...

Por isto mesmo gosto de chamar o Natal de "nossa incompleta compreensão de Deus Conosco". Natal é isto e isto basta! Não há coisa melhor do que Deus Conosco ( ou Emanuel, outro apelido deste Deus querido, ou Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, etc., etc. e escambau... ). Mesmo se você estiver em um estábulo, prestes a dar a luz, do lado de uma vaca, num frio medonho. Agora, imagine se está abrigado, com seus queridos, sem frio e sem fome...

 

Com minha contagem em dois ( ano que vem serão quatro ), desejo um Feliz Natal para vocês, seja ele rico ou pobre, cheio de presentes ou sem nenhum. E se este for o Grande Último, vamos aproveitá-lo melhor ainda ( espero estar novamente errado...) !