Votorantim - Cachoeiras do Cubatão - o tesouro do vizinho

29 de março de 2008

Com o convite do Elzo Savella, secretário do meio ambiente de Votorantim, cidade vizinha a Sorocaba, para conhecer o projeto de trilhas ecológicas que estão planejando para a cidade, fomos eu e a Mon conhecer um ribeirão que nunca ouvíramos falar, o Cubatão.

Sábado de manhãzinha chegamos na frente do Aquário Cultural e um van nos esperava, junto com mais onze caminhantes, para conhecer as belezas ainda não conhecidas de Votorantim.

   

Subimos a estradinha que leva à represa de Itupararanga e lá pertinho, na beira da estrada, seguimos por uma trilha que nos levou às cabeceiras do Ribeirão Cubatão. Muito bonito, o sol forte e o céu azul proporcionando fotos bacanas das flores do caminho.

Logo de início, há uma barragem que é utilizada pela população de um bairro próximo para água. Depois da barragem, o jeito é entrar de vez na mata e acompanhar a descida do rio.

Pelo que o Elzo comentou, são ao todo 16 cachoeiras ao longo do curso do riacho, que não tem mais de 10 Km. Ou seja, as quedas aparecem uma atrás da outra, deixando a gente cada vez mais satisfeito com o passeio. Numa delas, alguns mais corajosos enfrentaram a cachoeira para serem esmagados pela força da água que caía da queda de vinte metros.

   

Encontramos ciclistas que vêm lá de Inhaíba e sobem a trilha para se refrescar nas cachoeiras. Prá gente, a idéia não era utilizar a trilha pronta, mas seguirmos acompanhando o curso do rio e escolhendo o local mais legal de se ter uma trilha ecológica.

Como ali são terras da CBA/Votorantim, no meio do caminho deparamos com um antigo jardim feito há muito tempo atrás, com suas escadinhas e vasos, à beira de uma bela cachoeira onde o pessoal da TV, o mesmo que acompanhou os caturros na etapa terrestre da descida do Rio Sorocaba, fez umas belas tomadas.

Mais prá frente, caraguatás (ou bromélias... meu conhecimento botânico é patético... ) gigantes, de mais de dois metros e meio de altura, à beira do rio, faziam um cenário de parque dos dinossauros.

   

A Serra de São Francisco, por onde desce o ribeirão, é no limite entre a Mata Atlântica e o Cerrado e o exemplo mais bem acabado que vimos foi o de uma figueira centenária, imensa, ao lado de um mandacaru ( aquele do Xote das Meninas.. ) de mais de vinte metros de altura. Os especialistas em botânica da trupe se extasiaram de falar sobre a figueira ( tinha uma mais bonita ainda do lado, pouca coisa mais nova.. ) e o mandacaru. A figueira mais nova tinha na sua base restos de um muro antigo de taipa, o que informava que há muito tempo atrás alguém usou aquele lugar. Prá quê, o tempo não lembra mais...

Oito quilômetros rio abaixo, muitas cachoeiras, borboletas, flores, mata fechada e conversas animadas depois, chegamos ao fim da trilha, onde andamos mais uns dois quilômetros para pegar a van e voltarmos prá casa.

Leva-se de um passeio destes, de sábado de manhã, a certeza que do lado da casa da gente há um tesouro natural maravilhoso, que a maioria das pessoas insiste em trocar por alguns minutos a mais na cama ou pelo programa de televisão. Faço votos que a iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente de Votorantim se realize em muitas trilhas, por esta região belíssima e ainda sem muita divulgação!

Elzo, pode fazer sempre estes convites prá gente, que nós vamos!!