Rio de Janeiro/RJ - Prá ver o Cristo

18 a 21 de dezembro de 2008

Quinta, dia 18

Três da manhã e o despertador tocando!! Precisávamos estar às três e meia na casa do Callipo para não perder nossa carona para o Rio de Janeiro. Chegamos a tempo de ver o Panzer, o filhote de rottweiller do Callipo alucinando os outros cachorros.

Quatro da matina e toca para o Rio, viagem longa e com muitas paradas, por congestionamento, por obras, por etc. e tal. Chegamos quase meio dia em Niterói e ligamos para a construtora ( era para isto que tínhamos ido para lá... ) e ele nos disse para pegarmos um taxi e fossemos para a obra. Como era cedo ainda, pegamos o taxi, mas fomos para o hotel.

Com muito sono, a Mon deu uma cochilada e eu lutei para não dormir porque senão perderíamos a hora. É complicado ser o homem da família... Na hora, saímos em mais um táxi e fomos à reunião.

Reunião tranquila, lá na Barra e depois toca andar um pouquinho no Barra Shopping para se divertir com a muvuca do último fim de semana antes do Natal. Prá gente, que estava passeando, estava divertido mas, para o pessoal comprando, estava uma lotação de dar pena!! Comemos num rodízio de pizza e voltamos para o hotel, que o dia não rendeu muito e estávamos acabados!

Sexta, dia 19

Acordamos mais ou menos cedo e fomos tomar café, porque a Ângela, que nos vendeu a Kenya alguns anos atrás, combinou conosco de pegar a gente na porta do hotel e fazer um "city tour". Minha intenção era ir no Corcovado, para conhecer uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor. Mas o tempo não queria colaborar...

Chegou ela e o seu marido, o Raul. Depois das apresentações e abraços ( nunca tínhamos nos visto ao vivo, só pela internet...) fomo passear pelo Rio. Visitamos o mirante, o Arpoador e fomos ao Forte de Copacabana. No mirante, ainda estávamos meio com medo do Rio, no Arpoador, começamos a ficar mais confortáveis e em Copacabana, já não víamos um arrastão a cada esquina ou logo atrás da barraquinha de praia! Não liga não, Ângela, paulista de primeira vez no Rio é assim mesmo...

O Forte de Copacabana é muito legal, principalmente pelo canhão de 305mm que está mirando para a costa e não para o mar. Hoje está desativado, mas o Raul nos disse que chegou a testar o canhão quando ele servia no Exército. Impressionante o tamanho das balas e as peripécias necessárias para se carregar um canhão.

Para contrapor, neste dia havia uma exposição de presépios onde fora uma sala de guerra. As coisas mudam, as coisas mudam...

Já com fome, tentamos comer no Colombo e estava lotado. Depois de fotografar a estátua do Caymmi, fomos ao Shopping Botafogo e conseguimos uma mesa com uma vista fenomenal da baía de Guanabara. Um almoço a ser apreciado!!

Depois, já devidamente reabastecidos, fomos ao Pão de Açúcar. O tempo continuava me impedindo de levar a Monserrat para Jesus, então ficamos com o morro mais baixo. Pagamos as entradas ( achei caro os R$ 44,00 por pessoa!!) e tomamos o bondinho, com a Mon fechando o olho por medo de altura. E eu e a Ângela rindo muito desta paúra...

O Pão de Açúcar é bacana. Primeiro você faz uma primeira perna até o Urca, o morro mais baixo e depois pega a segunda perna de bondinho até o Pão de Açúcar propriamente dito. Lotado de estrangeiros, com alguns saguis pedindo comida, uma lojinhas de recordações, o ponto turístico merece a fama de simpático. Além de tudo, há uma vista fantástica do Rio de Janeiro, onde a ângela sentou-se com a Mon e ficou explicando tintim por tintim cada um dos pontos turísticos do Rio que dava prá ver lá de cima.

Enquanto isto, eu ficava tentando tirar pelo menos uma foto do Redentor, que aparecia e desaparecia nas nuvens. O frio e o vento começaram a aumentar e vimos que era hora de sairmos dali. Mesma diversão com o medo de altura da Mon na descida e pronto! Pés no chão! Hora de ir prá Niterói encontrar com o Callipo.

Passando pelos congestionamentos do Rio, ouvindo as estórias que o Raul e a Ângela contavam, percebemos que o Rio é violento sim, mas há uma parte dele que ainda contém a tal "cidade maravilhosa". Pena que o tráfico e o lixo estejam cada vez mais diminuindo esta já pequena parte...

Encontramos com o Callipo no início da noite e fomos ao apartamento da Patrícia ( Pipilha ), a filha do Callipo. Pão de queijo sem queijo no jantar e muita risada com a Dorotéia ( porca! porca! ), a nova cachorrinha da Constança, uma vira-lata que insistia em fazer suas necessidades no lugar errado.

Além disto, uma tempestade começou a alagar a rua e ficamos acompanhando o nível da água que poderia arrastar os carros. Felizmente, a chuva passou e pudemos dormir tranquilos...

Sábado, dia 20

Hoje era dia de conhecer Niterói. Acordamos mais prá tarde que prá cedo e o Callipo começou a nos mostrar alguns pontos turísticos. Dizem as más linguas cariocas que o melhor de Niterói é a vista para o Rio, então fomos conferir! Primeiro ponto: Museu de Arte Contemporânea, o Museu do Niemeyer.

Parece um disco voador que deu uma paradinha ali para apreciar a paisagem. E que paisagem! Uma vista privilegiada da baía, vista esta tão bonita que as exposições em seu interior ficavam pequenas, sem graça. São dois andares, o primeiro com vista e o segundo sem vista. Acho que todos os artistas devem querer ficar no segundo andar, para evitar a concorrência, hehehe.

Depois do museu, o mirante. Subimos, subimos e subimos, até o tal mirante, onde o pessoal salta de parapente, asa delta e o que mais der para saltar. Fica a coisa de 300 metros de altitude e é conhecido por lá como Parque da Cidade. Entrada Franca e se você quer fazer um curso de parapente ou asa delta, lá tem!

Depois, fomos ao Clube Naval, onde o Callipo reencontrou seu veleiro de tempos atrás, o Movimento! A partir daí, o meu amigo marinheiro ficou siderado pelo barquinho e não descansou até comprá-lo de volta. A despeito das ameaças da Constança e da Patrícia que não entrariam naquele barco por dinheiro nenhum no mundo...

Gastamos a tarde lá, clima agradável, dia prá ficar de bobeira à beira-mar. Vendo os veleiros atracados e acompanhando o desespero de um dono de veleiro que o guindaste não deu conta de levantar e derrubou-o no pier. O veleiro de 18 toneladas jazia com o fundo partido e o guindaste em cima, tendo vazado todo seu combustível ( vimos a mancha lá do mirante! ) e o dono que não tinha chegado ainda, desesperado porque o Natal e o Ano Novo tinham ido literalmente afundado. As seguradoras do guindaste, do clube e do barco devem estar brigando até hoje...

Fim de passeio, volta pro apartamento e tenta dormir, com o calor e os pernilongos. Lembra da dengue? Pois é, lembráva-mos a cada zunido de pernilongo...

Domingo, dia 21

Acorda cedo e volta prá casa. Desta vez mais tranquilo e só fomos pegar chuva em Sorocaba. Assim que parou, pegamos nosso carro e fomos prá casa, aguentar a recepção dos nossos cães, Guga, Kili, Kenya e Pietra, esta última a pirralha mais bagunceira da face da Terra, que sujou a gente até não aguentar mais de cansaço!

 

Fica da viagem meio improvisada umas lições. Que o Rio é violento mas também é muito bonito e, com o guia certo, você passará um tempo muito agradável por lá. Que o Cristo Redentor é uma maravilha não pelos feitos de engenharia, mas simplesmente porque não há como falar de um país de quase 200 milhões de habitantes sem que os estrangeiros visualizem a estátua. Que Niterói sofre muito com o bairrismo dos cariocas. Que, enfim, prá se chegar ao Cristo não é qualquer dia... Ele tem que deixar.