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- Missão Caiuá - Programa de Índio
03 a 07 de março de 2000

RETROSPECTIVA
No ano de 1999 um grupo de pessoas que constituíam a Chamada Coordenadoria de Adultos, que é um grupo de adultos pertencentes a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, mas particularmente, pertencente a região de Sorocaba, resolveram, atendendo apelos de missionários evangélicos que trabalhavam junto a missões indígenas, arrecadar alimentos, roupas, remédios e outras necessidades para enviar para a Missão Caiuá, localizada na cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul. Não só resolveram arrecadar entre todas as igrejas evangélicas da região de Sorocaba, como também, organizaram uma caravana, reservaram um ônibus para levar aqueles que estavam interessados em conhecer a Missão e o trabalho dos missionários junto a Missão. Para lá foram no feriado de doze de outubro o ônibus lotado com pessoas de várias igrejas de Sorocaba e da região. Conseguiram arrecadar muitas coisas que um caminhãonzinho teve que ser providenciado para levar de Sorocaba todo o material.
Participando deste grupo estavam a Daniela, publicitária, Fabricio, também publicitário, nos últimos anos da Faculdade e Evaldo, professor e também de Diretor de uma escola de Ensino fundamental. Lá na Missão puderam conhecer a Missão, o trabalho dos Missionários, principalmente dos missionários indígenas, formados na própria Missão que foram preparados para evangelizar seus patrícios indígenas. Conheceram as dificuldades passadas junto ao Hospital mantido pela missão, que atendia basicamente ou somente índios. Depoimentos foram tomados dos trabalhos dos missionários e o principal contato dos três, foi com o Missionário Zoroastro, índio Tereno, que teve a oportunidade de relatar seu trabalho, suas dificuldades, a pobreza exagerada de seus patrícios e ele falou de seu propósito de evangelizar, levar a Mensagem da Salvação em Cristo para aqueles de sua aldeia que ainda não conheciam da Palavra. Planos foram traçados, correspondências planejamos em trocar e em cima de todos esses planos os três, Daniela, Fabrício e Evaldo se propuseram a retornar a Dourados e levar também alguma ajuda, bem como procurar conhecer com mais profundidade, se possível, a situação do povo indígena, conhecer as aldeias indígenas, suas características e também do trabalho missionário, principalmente de índios, na região de Dourados. Com este propósito é que traçaram planos e programaram trocar o descanso dos dias de Carnaval, por alguns dias junto a aldeias indígenas.
Sexta, dia 03
1. Saída de Sorocaba 23h40min
Tínhamos programado, nós, Fabrício, Daniela e Evaldo sair na Sexta-feira, Sexta-feira feira de Carnaval, mais precisamente as 8horas, ou melhor, as 20horas. Acontece que as roupas e todo material de deveríamos levar até a missão não estava previamente preparada, ensacada para ser colocada no carro. Aí mais ou menos as 21h30min começamos a arrumar os pacotes nos carros e aos pouco fomos percebendo que era muita coisa para ser levada e pouco era o espaço no carro, por sinal, um Carro Siena, 6 marchas, com um grande porta mala. Para que pudéssemos levar o máximo de 'coisas', procuramos acomodar melhor, ensacar melhor, até o os remédios conseguidos, amostras grátis, foram melhores arrumados, ganhando espaços no carro para outras. Conseguimos sair no horário acima.
Saiu dirigindo o carro, o Evaldo, com o Fabrício como co-piloto e a Daniela no banco de trás, já pensando em tirar uma soneca. Em determinado momento do percurso, Evaldo passou o volante para o Fabrício (a Daniela como co-piloto) e este logo depois para a Daniela (o Fabrício ficou como co-piloto) e o Evaldo(eu relatando) estava tentando dormir no banco traseiro. Em determinado trecho da estrada, não me lembro muito bem onde, chovia torrencialmente, quando a Daniela dirigia e era impossível, aquela hora da noite, com aquela chuva, continuar viagem. Tivemos que parar a beira da estrada. Aliviando um pouco a chuva, o Evaldo pegou no volante e dirigiu até Mato Grosso do Sul, estado que está a cidade de Dourados, na qual está a Missão Evangélica Caiuá.
Sábado, dia 04
Logo já amanhecendo, o Fabrício pegou no volante e dirigiu até Dourados e até a Missão Caiuá.
Resumos: 1º pedágio - $4,40 (pago pelo Evaldo). Fizemos uma parada as 01h20min por 15 minutos. 2º pedágio, $4,80 (Evaldo). Paramos depois as 3h, com 15 minutos, em seguida outra parada as 6h15min, com 10 minutos de parada. Colocamos de gasolina $40,00 (Evaldo). Um 3º pedágio, $2,90 (Dani). Mais gasolina - $ 20,00 (Evaldo). Parada as 9horas por 20 minutos.
Chegamos as 11h50min em Dourados. Estava sol. Estávamos cansados, naquele momento, o Fabrício dirigia o carro que marcava 954,3 km rodados desde Sorocaba, até ali Dourados (MS).
Chegamos realmente a Missão Caiuá às 12h05min.
Fomos recebidos pelo Pastor Benjamim que após uma breve conversa, nos acomodou em nossos quartos, vejam bem, quartos. Quando saímos de Sorocaba, nos preocupava onde dormiríamos. Pensamos até em levar barraca, mas ali estava a resposta. Iríamos dormir em quartos, com camas e também banheiro.
Às 14h30min almoçamos com o Pastor Benjamim e sua esposa; lembrando que outra nossa preocupação era planejar como e onde comeríamos; não planejamos e ali estava nossa resposta.
Em nossa chegada, perguntamos sobre o missionário Zoroastro, índio Tereno e, o pastor Benjamim providenciou que ele fosse avisado de nossa chegada. Após o almoço encontramos o índio Tereno Zoroastro, missionário, que na última viagem que realizamos em novembro de 1999, tínhamos encontrado e feito uma amizade com ele e sua família. Conversamos com ele, explicamos inclusive o porque do longo tempo sem nos comunicarmos, sem escrevermos inclusive. Falamos do que tínhamos trazido, roupas e outros utensílios e conversamos sobre a melhor forma daquele material ser aproveitado.
Exatamente as 17horas nos dirigimos, de carro, até o local onde ficava a casa do Zoroastro. Lembramos que o a casa de Zoroatro fica na Aldeia Jaguapiru, que quer dizer "cachorro magro", que compreende uma aldeia com aproximadamente 10 mil índios. É uma aldeia com maioria de índios Terenos, mas lá também moram os Guaranis e Caiuás. Pudemos então rever a mulher do Zoroastro, chamada Vanda, e toda sua família. São seus filhos, mais precisamente, filhas, Rakel, Aline, Rafaela e Rakiele.
Doamos, deixamos todas as roupas que levamos para o Zoroastro. Ao todo foram 421 peças de roupas, lençóis e cobertores, mais uma sacola de langerie e outra maior de retalhos. Pudemos ali sentir a necessidade daquela família, bem como a preocupação em ajudar seus "patrícios" indígenas, chegando a emoção do choro ao sentir que poderiam enfrentar o frio com mais dignidade. Ali na casa, Zoroastro orou, agradecendo a Deus, bem como entoou hinos de louvor a Deus pelos presentes recebidos. Compartilhamos aqueles momentos dentro da pequena casa de Zoroastro.
Às 18h30min voltamos para a missão e claro tomamos banho.
Às 19h30min por insistência da Daniela, fomos até a cidade de 'Dourados, tomar um lanche. Mal sabíamos ou mal esperávamos que o Pastor Benjamim nos esperava com uma sopa. Perdemos essa.
21h30min, dormimos. Ah! É bom lembra que a Daniela, por razões, sei lá, não conseguiria dormir sozinha em seu quarto, medo, sei lá? O que foi feito então? Foi trazido seu colchão e colocado no chão. Dormimos, o Evaldo numa grande cama (ele propôs ao Fabrício trocar na outra noite, mas pergunte se trocou de cama), o Fabrício numa pequena cama e a Daniela no chão, ou melhor, num colchão colocado no chão.
Curiosidades:
Atimã, na linguagem guarani, significa, obrigado.
Quando nos dirigíamos até a casa de Zoroastro, fomos perguntando ao Zoroastro, quais as diferenças físicas entre os índios Guaranis, Caiuás e Terenos. Segundo Zoroastro, para ele, era fácil, só observar o jeito do olhar e sa postura do índio.
Ema - ave que tiram a plumagem, penas para fazer roupas de festa para os índios: saias, cocar.
Zoroastro no caminho nos relatou que semana passada um casal de índios de Portolino, da tribo Caiuá, na aldeia de Carapó, a 60 km da Missão, tinha se suicidado. A causa do suicídio foi uma briga entre os dois, mas a maioria dos indios afirmavam que a causa tinha sido a paixão.
Mba'.exapa - significa bom dia, como vai.
Porã - significa tudo bem.
Domingo de carnaval, dia 05 [Visita a Missão Caiuá em Amambai]
Como havíamos acertado no dia anterior, as 8h10min, saímos, Daniela, Fabrício, Evaldo e os missionários Zoroastro e Jorge Sanches para visitar a Missão localizada na cidade de Amambái, que fica a 196km da Missão Caiuá.
Colocamos de gasolina $50,00 (Evaldo). No caminho fomos conversando com os missionários e colhendo algumas palavras e estórias indígenas:
Panambi - borboleta, aldeia que abriga os índios caiuás.
Pysyry - tribo caiuá - é uma aldeia localizada num ponto bem distante da Missão. Caso quiséssemos ir até lá, teríamos que ir de carro até a aldeia "campestre" e depois ir a pé até chegar na aldeia Pysyry. Só a pé levaríamos 7 horas e teríamos que atravessar um rio.
Sonhos com seus significados:
sonho com tiro - sinal de viagem.
sonho com dinheiro - (receber ou pagar) - 3 dias vai ter muita fofoca.
sonho com animal de pena - vai acontecer alguma coisa que faça ter pena de alguém.
Zoroastro nos contou que de 6ª feira para Sábado sonhou que o Capitão (este era o responsável pela aldeia Jaguapirú, papel semelhante ao antigo cacique) foi até a casa dele e disse que a tribo estava em guerra com a tribo vizinha e disse que ele teria que ajudar na guerra. No sonho ainda, eles se vestiram e saíram. No caminho apareceu um índio inimigo e o Capitão deu tiros no índio. Nesse momento Zoroastro acordou e contou o sonho para a mulher Vanda e ela disse que tiro é sinal que ele ia fazer uma viagem. No Sábado, nós chegamos e o convidamos para nos acompanhar nas visitas.
Quando acorda, Zoroastro não toma café, ele toma chimarrão e depois come comida como se fosse do almoço. Ele, quando precisa, toma chá de casca de mexerica, para gripe e dor de garganta.
Chegamos em Amambai as 10h 30min e acompanhamos a escola dominical que estava lotada. Às 12h conhecemos o Pastor Mário e sua esposa Maria. Almoçamos com eles as 13h30min. Costela... hum!!!. Lembro que quando chegamos em Amambai, nos perguntamos: onde vamos comer? Aí estava de novo a resposta, e que resposta.
Após almoçarmos fomos conhecer o Missionário Martin, o primeiro missionário da Região de Amambai. Era um índio de estatura pequena, guarani, que em conversa com ele, sentimos a sua disposição de levar a Palavra de Deus aos seus patrícios (irmãos índios).Os dois seminaristas que nos acompanhavam, Zoroastro e Jorge, fizeram referência a ele como "Rio de Bênçãos", pelo que ele, Seu Martin, representava para a missão.
Conversando com Dona Maria, a Daniela ouviu dela referências quanto ao suicídio de índios. Ela contou que alguns suicídios não tem nada a ver com a posse de terra e sim, principalmente com traição entre cônjuges e as dificuldades na vida - ela queria dizer que por qualquer motivo o índio se suicidava. Exemplificou com o caso: se o índio recebe seu salário e alguém vem e o rouba, aí ele se suicida.
15h50min, fomos embora da Missão Caiuá de Amambai.
Na volta, as 16h15 paramos para tirar fotos das Emas, quer dizer, o Fabrício. Quando da ida (Dourados-Amanbai) ao ver as Emas e também águias, se prometeu que na volta iria tirar as fotos. Aproveitamos e filmamos também. Por todo o percurso passamos por plantações de soja e criação de gado. Quando já próximo a Dourados, paramos para colocar gasolina (na ida tínhamos visto que naquele posto o preço da gasolina estava mais barato). Estranhamos a primeira vista o preço, mas mal sabíamos que aquele posto e claro nós, estávamos no Paraguai. Colocamos 55 guaranis ou 30,50 reais (Evaldo).
Rodamos neste dia 389km.
19horas : tomamos café na casa do Pastor Benjamim.
21h30min : fomos dormir
Segunda, dia 06
9h - acordamos e fomos tomar café na casa do Pastor Benjamim.
10h30min - saímos com o Zoroastro para a Primeira Congregação, ainda na Aldeia Jaguapiru, da tribo Terena. Tivemos uma longa conversa (entrevistamos, filmamos) com o Seu Guilherme (ele iniciou naquele lugar os trabalhos de evangelização com os índios). Ele, índio tereno, nos contou sua vida e toda sua luta para pregar o evangelho. Entrevistamos alem do Seu Guilherme, também o índio Gilson, atual cacique, filho do Seu Guilherme. Na saída o Gilson (índio Inauê, creio, que deve ser assim) nos avisou que no período da tarde estariam apresentando danças, inclusive uma dança com meninas e moças índias. Ficamos de voltar a tarde.
Chegamos as 12h55min para almoçar com a Dona Margarida (ou Dona Maria?).
14h10min - saímos para visitar a aldeia Panambi, junto, além de Zoroastro, com o Sr. Alsiro.
14h45 - Chegamos a casa do Missionário Isaque, missionário que trabalha junto a aldeia Panambi. Ele nos explicou da impossibilidade de entrarmos na aldeia indígena Panambi, pois a estrada estava sem condições. A aldeia ficava a 30km da Missão Caiuá de Dourados. Paramos por algum tempo para entrevistarmos os Missionários que ali estavam, que nos falaram do propósito deles de criar um grupo de Missionários índios, com responsabilidades mais diretas de estar em contato com os índios sobre a pregação da Palavra de Deus, pois eles acreditavam que o índio dava mais atenção aos seus patrícios missionários.
15h40min - Estamos indo para a 1ª Congregação para assistir as danças. Enquanto nos dirigíamos a Congregação Alsiro - índio guarani - ia nos falando de expressões guaranis:
athimã - chau
mitá - menino(a)
hake - cuidado
porá - tudo bonito
iconambe - tudo bem
cherera - meu nome é
mbaechenderera (é assim mesmo) - como é seu nome?
Pyaê - ligeiro, rápido
Jahá (giahá) - vamos
16h15min - chegamos a1ª congregação - na aldeira Jaguapiru - e dança estava marcada para 15h30min. Em tempo, é bom lembrar que chegamos atrasados, porque o Fabrício havia esquecido seu óculos de sol (presente da Daniela - veja bem a preocupação dele) na casa do Missionário Isaque. (perdemos nessa volta 10min - a Daniela achou que foram 'apenas' 10). Quando chegamos na 1ª congregação as danças já haviam sido apresentadas para um grupo de holandeses (O cacique Gilson nos explicou que eles tinham firmado um convênio com o Dourados Park Hotel para apresentações turísticas - recebiam 10reais por turista). Porém, mais que porem, nosso amigo Gilson, vejam bem, nosso amigo Gilson (que naquele momento era o Cacique de danças) se preocupou em querer nos mostrar as danças novamente: vejam bem, para nós (só nós 3). Como em novembro passado já havíamos assistido a maioria das danças masculinas, ele nos propôs que assistíssemos apenas a dança feminina. Então tivemos o privilégio de exclusivamente registrar, através de camera-man (Evaldo) e dos nossos dois fotógrafos Profissionais (Fabrício e Daniela).
A dança feminina que simboliza a Alegria das mulheres pela volta dos guerreiros para casa. Detalhe: os holandeses assistiram a reprise para o grupos de brasileiros (nós 3), anunciada enfaticamente pela guia:- "Neste momento, veremos uma apresentação especial para 3 brasileiros".
Nós, após a saída dos holandeses, ficamos conversando com o Sr. Guilherme (missionário mais velho e responsável pela Congregação), com Dona Maurícia (esposa do Seu Guilherme) e também com uma prima, outra irmã e algumas crianças que estavam brincando. O Evaldo, para não perder o costume de escola (este relato é da Daniela), perguntava às crianças como faziam para estudar e uma a uma ia respondendo e a câmara ia gravando tudo. Já anoitecendo, retornamos à Missão .
20h10min - Após termos tomado nosso banho, já com muita fome, resolvemos fazer uma caminhada até a casa do Pastor Benjamim para ver se ele nos convidava para o jantar. Enrolamos daqui e dali e fomos até o orelhão próximo a casa dele e por fim entramos na casa do Pastor Benjamim onde comemos arroz com frango. Saímos de lá as 21h30min e fomos direto para a cama.
Terça, dia 07
9h - Acordamos
9h30min - Fomos tomar café e agora quem teve a cara de pau de entrar lá na casa do pastor Benjamim foi o Evaldo. Conversamos bastante, Daniela, Fabrício, Pastor Benjamim, sua esposa e o Evaldo, sobre o que poderíamos ajudar sobre a divulgação do trabalho da missão. (A Daniela e o Fabrício são publicitários e conversaram sobre utilização de seus dotes, de produzir material para divulgação da Missão, pois segundo pesquisas feitas, antes de virem a Missão, pouco material, poucas informações encontraram, tanto em revistas e até na Internet.)
10h45min - Eu (Daniela relatando) e o Fabrício , nos dirigimos até no Hospital (corrigindo, agora Evaldo escrevendo, indo ao hospital e não no hospital, pois espero o regresso de vocês). Após o retorno dos dois ( lá filmaram as dependências do hospital, bem como tiraram algumas fotos. O Evaldo ficou aguardando o Missionário Zoroastro), os três ficaram conversando com o Zoroastro e sua esposa Vanda, que estavam com sua filha Raquel. Relembramos momentos de nossas viagens nos dias anteriores. Zoroastaro fez menções sobre as palavras indígenas associadas ao Fabrício - Diothu, que quer dizer batata e ao Evaldo - Pyaê , que significa ligeiro.
Sobre a referência, Diothu (batata), ao Fabrício, Zoroastro contou que quando uma de suas filhas ao fazer as orações, na hora dos agradecimentos, citando os nomes, esqueceu de momento o nome do Fabrício e falou 'abençoe o batata' associando-o com um conhecido dela. Sobre pyaê(ligeiro), ao Evaldo, falou que ele andava muito depressa, queria filmar muitas coisas, contrariando inclusive a 'tranqüilidade' (pra não dizer comodidade) do índio resolver e fazer as coisas.
12h25min - Após despedirmos de Zorostro, de Vanda e de Raquel - deu tempo ainda de tirar uma foto com a Raquel (Evaldo escrevendo). O Fabrício quis também tirar uma foto com ela e, ela chorou..., fomos terminar de arrumar nossas malas, colocarmos no carro, mas, concordamos que devíamos não esperar o almoço e sairmos logo.
14h13 - precisament4e, com armação de chuva a frente e um céu bem azulado, saímos da Missão para retornarmos. Nos despedimos apenas do Reverendo Benjamim e de sua esposa D. Margarida.
Anotado : 2km e 300m da Missão até a Avenida.
Em tempo, estamos levando (Daniela escrevendo) emprestado da Missão, uma Bíblia traduzida na linguagem Caiuá (apenas o Novo Testamento).
Posto na Avenida, colocado $31,00 (Evaldo) de gasolina.
Pedágio $2,90 (Daniela).
Gasolina $44,30 (Fabrício).
Fizemos um cálculo aproximado de consumo pelo carro que estávamos, 29,7 litros consumidos para 403,4km rodados, resultando aproximadamente em 13,5 km rodados por litro de gasolina.
Gasolina colocada $23,00 (Daniela).
Quarta-feira de Carnaval - dia 07/03/200
Chegamos bem e com muito sono, às 01h44min .
Gasolina colocada para completar o tanque, $38,00 e cada um foi para sua casa dormir, isto é, o Evaldo deixou o Dani em sua casa, depois o Fabrício na dele foi para sua casa dormir também.
Resumo dos gastos
Tínhamos acertado que dividiríamos as despesas e para cada um resultaria em $97,27.
Como não poderia deixar de ser, Deus, em todos os aspectos que se possa imaginar, sempre esteve conosco.
Em tempo, o Conselho da 4a. IPI liberou uma verba que cobriu todas nossas despesas. Até isso...



