Caturro 2008 - 06 - Represa de Itupararanga

08 e 09 de novembro de 2008

Sábado, dia 08

O clima parecia conspirar contra e a perspectiva de passar um fim de semana embaixo de chuva desanimava um pouco. Mas, já que combinamos, barcos na água que hoje é dia de caturrada! Além do mais, era a primeira caturrada depois da formalização do Caturro Navegantes em ONG!

O combinado era sair da casa do Zico, mas como eu e meu pai já estávamos em Votorantim, ficamos na frente do cemitério esperando... e esperando... até que dez e alguma coisa a caturrada passa. Atraso pequeno...

Seguimos para a represa, onde deixamos os carros no Belas Artes, nosso já tradicional ponto de saída e tiramos os barcos dos carros, os caiaques, inflamos o duck e tocamos rápido para o acampamento, que a chuva estava rondando.

Caturraram desta vez eu, meu pai Mario, Gugo, Guilherme, os três Almenara: Zico, Sabiá e Cobra, Luisão, Pablo Escoteiro, Douglas Caçador e Geraldo.

Como o local de acampamento não é longe, em menos de uma hora de remada já estávamos lá, montando as barracas e deixando loucos um casal de quero-quero que tinha seu ninho bem pertinho da gente. A represa estava bem baixa, deixando no seco os vestígios de uma antiga casa que existia ali e que deve ter sido abandonada quando as águas do Sorocaba subiram para formar a represa, há cem anos atrás. Restam alguns cacos de telha e um arremedo de parede, mas dá prá gente imaginar como era aquele lugar antes de Itupararanga.

Barracas montadas, nada de útil prá fazer, um pessoal resolveu andar de barco, outro tocar violão e eu fiquei no grupo que pôs os caiaques e o duck na água para treinar caídas e retornos aos barcos dentro da água. O que começou mais ou menos sério terminou com uma batalha naval entre o duck e os caiaques para ver quem derrubava quem. No final, deu empate e muitas gargalhadas!

Nisto, a tarde já ia embora e um chuvisqueiro ali, outro acolá, um sobrinho do Gugo com sua esposa e filho e cachorro, tudo dentro do barco, visitando, o Geraldo tentando pescar alguma coisa, o Pablo descobrindo o ninho de quero-quero, um infeliz de um pai levando o filho passear de caiaque sem colete salva-vidas e o Guilherme bravo querendo dar uma sova naquele pai e já era mais de seis horas da tarde.

A chuva tinha ido de vez e o pôr-do-sol foi muito bonito. Todos que tinham câmera ou filmadora faziam seus registros e apreciavam um fim de tarde fabuloso. Chegou a noite e a lua crescente continuou a nos presentear com aquele espetáculo de dia, que começou prometendo chuva e terminou nos banhando de lua e estrelas.

Gargalhadas e mais gargalhadas, regadas a churrasco e whisky light ( é whisky normal, mas com uma lanterna embaixo do copo vira whisky ... e light!), muita cantoria e piadas de Perobal (que o Cobra ainda acha que não existe, apesar dos relatos detalhados do Geraldo...) e a noite foi embora e todos com sono, foram dormir.

Domingo, dia 09

Domingo de manhã e um céu azul, um casal de quero-queros ainda bravos com a gente e um café por fazer. Fácil, é só pegar o fogareiro de benzina e acender, aquecer a água e todos tomam café. Fácil, se o fogareiro tiver benzina, mas como não tinha ( o tonto aqui esqueceu de verificar ) fizemos o café na lenha, sob os resmungos e choros do presidente Zico, que dizia que aquela leiteira tinha sido presente de casamento, que ele tinha foto com a leiteira e os demais presentes e que a Creuza ia ficar muito brava. Tudo mentira. Tomamos café sem leite, porque esquecemos, mas pelo menos desta vez tinha pão prá todo mundo.

Café tomado, desmontamos as barracas, pusemos os barcos na água e cerca de quarenta e cinco minutos depois, já estávamos de volta ao Belas Artes. Barcos secos, tralhas no carro, a tradicional batida de remo e a sensação de que o fim de semana que não prometia nada acabou se tornando a melhor caturrada do ano.

Logo logo tem mais!