Sábado, dia 23

Para a primeira remada do ano, os ânimos estavam acesos. Desta vez, nada de cruzar o Sorocaba de ponta a ponta... Estava na hora de simplesmente apreciarmos estas águas tão amigas.

Então, Eu, Monserrat, os irmão Almenara Zico, Sabiá e Cobra, Dimaroh, Gugo, Luisão, Barroso, o trio Padovan, Estopa e a estreante Ni e Geraldo, acompanhados dos escoteiros Pedro Serrano (este também caturro), Pablo, Adriano e Fernando, fomos curtir um camping selvagem nas margens da represa de Itupararanga.

Selvagem por assim dizer, porque enquanto remávamos para o local de acampamento, avistamos uma tenda de ciganos à nossa esquerda e, rumando para lá a fim de descobrirmos onde estavam os caturros, vimos o Zico saindo da barraca cigana, que era dele! O resto do pessoal já estava montando uma tenda, churrasqueira, etc e tal. Só faltava home theater e internet...

Já a escoteirada, pioneiros do Clã Misto de Pioneiros Caerleon, do Grupo Escoteiro Ipanema, de Sorocaba, montou acampamento mais prá dentro da mata. Acho que prá não serem confundidos com a caturrada cigana...

Barracas montadas, tenda montada, ameaça de chuva desde a manhã, um pessoal saiu para montar linhas de pesca e outro pessoal para ver o que os escoteiros estavam aprontando. O resto ficou por ali mesmo, curtindo a natureza e picanha mal passada!

Não havia muita coisa prá fazer, então resolvemos alugar alguém e... como o Dimaroh tinha terminado mais uma vez com a Lídia, e prá completar estava tomando banho na represa com o Gugo, sobrou prá ele.

A Mon e a Ni judiaram tanto, mas tanto, que o bicho queira partir prá briga. Como a gente sabia que não ia ter briga nenhuma, todos só jogavam lenha na fogueira...

Caiu a noite e os escoteiros prepararam um Fogo de Conselho para a gente. Este fogo é uma tradição escoteira onde todos se sentam ao redor do fogo, no fim do dia de trabalho, para contar as aventuras, cantar cantigas e, claro, rir muito. Aliás, rir foi o que mais fizemos neste fim de semana! Na esquete escoteira, o Zico ficou amigo do Nhô Lau (só quem foi entenderia...) e o Geraldo Gualdo desfiou mil e uma estórias de sua cidade natal, Perobal. O Cobra insistia que Perobal não existia, mas devido ao adiantado estado etílico do mesmo, sendo promovido a Boitatá ( Cobra de Fogo ), ninguém prestava muita atenção no coitado...

Mas a noite não tinha acabado ainda. Fogo apagado, voltamos à tenda e continuamos judiando do Dimaroh. Num momento de necessidades orgânicas, me afastei e, quando estava contemplando a represa à noite, fui surpreendido por uma capivara mergulhando do meu lado. No início achei que o Luisão tinha aprontado alguma, mas ele estava dando risada do Dimaroh e não dava tempo de ter aprontado algo.

Mais causos de Perobal, o Estopa mordendo o Adriano, algumas tentativas de comida mateira, com os Almenara tentando fazer ovo no espeto e muita, mas muita risada, fomos dormir sob um céu anunciando chuva.

Domingo, dia 24

Acordamos cedo e o cheiro de café de quem acordou mais cedo ainda arrancava todos da cama. Todos não! A Mon, gripada, quis porque quis café na cama e taca o calango aqui atender. Não basta ser marido... Tem que servir café na cama...

Enquanto a chuva não apertava muito, tomamos um bom café feito na cafeteira italiana do Pita usando o fogareiro de benzina, acompanhada de pão de caçador, mais uma especialidade escoteira. Acho que, depois de rir, o que mais fizemos foi comer... E ainda tinha carne prá fazer, postas de traíra recém pescadas e, claro, uma sopa de tomate prá tomar de caneca.

A chuva aumentou e colocou todos prá dentro da tenda. Uma hora e meia depois, se cansou de nos atrapalhar e foi embora. Era hora de levantarmos acampamento e voltarmos à tal civilização.

Barcos na água, voltamos os quatro quilômetros e meio de distância do Clube Náutico Belas Artes (viu como era pertinho?) e voltar prá casa.

Batemos os remos naquela felicidade que amigo tem de voltar a rever os demais amigos. O ano estava somente começando e os caturros tinham muitas remadas pela frente...