Caturro 2007 - 02 - Barragem de Itupararanga até a rodovia Raposo Tavares

1º de maio de 2007

Após uma maratona de autorizações, porque o trecho a ser percorrido era principalmente de propriedade da CBA e da Votoran, conseguimos todas e, aproveitando o primeiro de maio, iniciamos a etapa caturra que seria a seco, porque o rio Sorocaba aqui pula demais e só mesmo a pé para navegá-lo.

Então, às 07:30, no Panorâmico Shopping Center, a caturrada estava toda lá, louca prá colocar os pés na estrada, trilha, seja lá o que nos esperava...

Quem foi desta vez : de caturros, foram o Eduardo e a Monserrat, o Dimaroh, o Beto Caiuby, o Callipo e a Constança, o Geraldo Bonassoli e a Marisa, o Gugo, o Alcir e a Célia, o Zico, o Barroso, o Márcio Almenara, o Huayras e o Matieli (no carro de apoio).

De convidados, o Fred e a Karina, a Patrícia ( filha do Callipo ), o Marcos e Esposa, a Isabela e o Nino, o Eduardo Junqueira e esposa, além do cunhado do Beto, o Toni Tortello.

Participação especial teve o Elzo Savella, secretário do meio ambiente de Votorantim, que abraçou a idéia da caminhada caturra e a Equipe de TV de Tatuí, cujos cinco integrantes levaram bravamente todo o equipamento cinematográfico prá cima e prá baixo nas estradinhas e pirambeiras rio abaixo.

Entramos no ônibus cedido pela prefeitura de Votorantim e às 09:00 saímos de frente do Clube Náutico Belas artes, onde tínhamos terminado a etapa anterior.

Tão logo começamos a caminhar, três funcionários da CBA apareceram e o Eric, um daqueles três, se prontificou a acompanharmos pelo caminho, prestando uma grande ajuda, principalmente quando precisávamos localizar o ponto certo de entrar em uma trilha ou ainda prá contar alguma história do lugar.

O Elzo como guia então, nos levou pertinho do rio, passando pelos restos de adutora antiga, numa trilha bonita, cheia de história e, se dependessse de nossos pedidos, com poucas cascavéis! O Barroso falou que em 55 ( isto mesmo! cinqüenta anos atrás ) tinha muita cascavel por estas bandas, mas o pessoal matou muito e agora quase não tem mais...

Descendo o rio, um parada breve em um lugar conhecido como hidromassagem, mostrava vários remansos rasinhos, de água gelada, de um rio ainda criança. Dava prá passar o dia inteiro ali, mas o Elzo falou que a parada era mais prá frente... Ok, vamos nessa!!

Paramos um pouco mais no SAAE, um pouco abaixo, e aguardamos o Matieli e Junqueira na represa do Seu Guilherme, um ancião do lugar que de tão velho já deu até o nome prá represa, e que ficou muito feliz de trocar umas palavrinhas com a gente.

A partir daí, seguimos por uma estradinha de servidão, acompanhando a adutora que leva água prá Sorocaba, lá longe. Passamos pelo local da quebra da adutora, poucos anos atrás, que hoje está todo cimentado, com uma ponte de apoio, prá não cair mais... Tomara!

Neste ponto, dividimos em dois grupos : um desceria de cordas ali nas obras de adutora e outro pelas pedras um pouco mais adiante. Combinamos de nos encontrar na cachoeira canyon abaixo, prá um refrescante banho.

A cachoeira, de uns 40 metros de altura, caía em um lago que na maior parte dava pé, de uma água trincando de gelada, mas que não assustou a maioria dos caturros. Eu, pessoalmente, sabendo que iria encontrar água gelada e querendo tirar o pó da minha roupa de neoprene, levei a dita na mochila e não pensei duas vezes, vesti e me joguei naquela água doída de tão fria. Resultado : um dedo do pé roxo de uma topada em uma pedra submersa! Mas a vista de logo abaixo da cachoeira era coisa de cinema, então deixa meu dedo prá outra hora...

Saímos da cachoeira, pegamos uma trilhinha no meio do mato e rumamos para a vila da CBA. No meio do caminho, alguns marimbondos, irritados pela nossa presença, resolveram cobrar pedágio. Várias picadas depois, alguns caturros ficaram bastante doloridos...

Passamos por uma usina hidrelétrica construída em 1911 e depois da portaria da CBA, despedimo-nos do Eric e um funcionário da Votoran nos recebeu com uma má notícia: o trecho seguinte, margeando a represa da Prainha, estava interditado por causa de infestação de carrapatos. Como a gente não é bobo nem nada, resolvemos acreditar no homem e atravessar o portão da Votoran, para voltar ao rio só lá embaixo.

Passamos em frente à fábrica de cimento da Santa Helena e rapidinho voltamos ao lado do rio, na Vila Olímpia. O Barroso viu alguns bondes num terreno ao lado da fábrica e bateu nostalgia: ele tinha andado naqueles bichinhos, quando ainda tinha bonde em Sorocaba. Tiramos fotos e compartilhamos lembranças...

Após a vila, chega-se à represa da Votocel, onde para passar para o outro lado há uma ponte de trilhos de trem, com os dormentes prá lá de corroídos e com o rio Sorocaba urrando alguns metros abaixo. O pessoalzinho que tinha mais medo de altura suou frio, mas todo mundo passou bravamente, enfrentando medo e arranjando coragem sabe lá daonde!

Já no finalzinho do trecho não urbano, chegamos à Cachoeira da Chave, onde encontramos tanta, mas tanta sujeira, que não dava nem vontade de ficar por ali. O Elzo falou que há um projeto prá deixar o lugar mais limpo... Tomara que haja mesmo, porque assim fica muito feio e não combina com a beleza da cachoeira... Reencontramos com os carros, reabastecemos nossas barrigas de líquido e continuamos.

Agora faltava pouco! Já na cidade, acompanhamos o rio, entramos na estação de tratamento de esgoto de Votorantim, que deve entregar a água de volta ao rio totalmente despoluída até 2008. Que bom!!

Enfim, o fim, a dezenove quilômetros do ponto de partida! Na Cachoeira dos Guimarães, provável ponto de partida da próxima etapa ( é aqui ou na Chave!), terminamos esta etapa, desta vez sem bater remos, mas batendo os tênis, prá comemorar mais este trecho do rio Sorocaba percorrido!

Não podemos deixar de agradecer a prefeitura de Votorantim, na figura do Elzo, à CBA e à Votoran, que nos deixaram percorrer suas belíssimas terras e à padaria Real, que mais uma vez nos brindou com lanches tão gostosos!

Até à próxima, caturrada, daqui a um mês!